Por Raquel Garcia, consultora de varejo
Uma análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) mostra que as vendas do comércio varejista ainda não saíram do lugar na primeira metade de 2019, fazendo com que o setor apresentasse uma desaceleração, assim como a Indústria. Porém existe uma expectativa otimista ainda para este ano, acompanhando a recuperação da economia. Marcelo Prado, diretor da IEMI (Inteligência de Mercado) e analista acrescenta que espera principalmente um aumento do consumo de produtos de valor agregado mais alto do segmento infantil.
Diante deste cenário, o foco deste artigo é falar sobre estratégias que tragam vantagem competitiva para a Indústria Têxtil e superação na desaceleração do setor, juntamente com a concorrência que enfrenta todos os dias com o surgimento de novas marcas que se apresentam no mercado.
Grande oportunidade para que a Indústria se posicione junto a seus clientes varejistas, que se encontram abertos a parcerias que agreguem valor na busca por resultados com foco no cliente final, favorável para impulsioná-los na atualização da nova leitura consumidora, leitura da qual muitos lojistas ainda não conseguiram decifrar e se encontram carentes em busca de uma direção. Momento ideal para conhecimento de causa e reconhecimento do quanto as dificuldades enfrentadas no varejo, que refletem diretamente no setor Industrial, são sinalizadoras de sucesso.
Uma das estratégias que a Indústria deve adotar e que não poderá ser rasa é: educar seu cliente, prepará-lo para que, além de perceber todo o valor do produto adquirido, aprenda como deve ser comercializado, juntamente com outras soluções défices nos PDV’s (Pontos de Venda), que hoje já são reconhecidos como limitados por falta de desdobramento.
Devido a inúmeras mudanças mercadológicas, essa nomenclatura literalmente foi trocada para PDC (Ponto de Compra), que corresponde a todas os canais de venda gerenciados pelas empresas, desde visitas porta a porta, televendas, e-commerce até aplicativos mobile.
Portanto é pertinente repensar sobre a ausência da integração de múltiplos canais e de soluções adequadas à realidade do varejo, conquistando parcerias sólidas, garantindo zelo e posicionamento adequado dos produtos e correspondendo às expectativas do novo perfil consumidor com mais assertividade, que quando não compram influenciam.
No Brasil, a tomada de consciência do verdadeiro desafio do varejo é muito lenta, diante da nova “Geração Y”, também conhecida por “Millenials”, que representa 78% do consumo atual. Além disso, 58% desses consumidores escolhem gastar seu dinheiro em experiências ou eventos e estão sempre conectados com poder de influenciar, levando as empresas a reverem seus conceitos.
Estes consumidores vivem a integração e compreendem informação de multicamadas, não deixando dúvidas sobre a necessidade da integração de todos os canais de venda. A verdadeira importância do PDC é sua responsabilidade pela experiência de compra, que dependendo de como ocorre poderá levar o consumidor final a repeti-la, indicando para seus parentes e amigos ou levar esse mesmo consumidor a fazer recomendações negativas, prejudicando a imagem das empresas e de seus produtos.
Um PDC não pode ser reconhecido somente para venda, mas também como fidelização e captação de clientes garantindo um consumo consistente. Ficando claro que não dá mais para acompanhar tantas mudanças sem fazer parcerias, ressalto que clientes bem orientados expandem o alcance da visibilidade dos produtos, ampliando seu público e, consequentemente, seu número de clientes. Uma excelente estratégia onde todos ganham.
Para finalizar deixo aqui uma reflexão: “A nova era é de marcas que cuidam da experiência de seus clientes com foco em seus interesses, seja qual for o canal desejado”.
Indústrias interessadas em novas estratégias para impulsionar seus resultados, podem entrar em contato com a especialista através do e-mail: contato@sucessovarejo.com.br